Houve uma época, é claro, em que nós cinco não conhecíamos um ao outro...Ainda não conhecemos um ao outro, mas aquilo que é possível e tolerável para nós cinco possivelmente não será tolerado por um sexto. Em todo caso, somos cinco e não queremos ser seis....
Longas explicações poderiam resultar que o aceitássemos em nosso círculo, de modo que preferimos não explicar e não aceitá-lo.... Franz Kafka, Amizade.
Alisson Ferreira
Acompanhei com repugnância e porque não dizer, com ira, os deploráveis atos com contornos DEGRADANTES impetrados a calouros do curso de DIREITO da UFMG.
O grande filosofo, advogado e orador romano, Cícero, declarou: "A lei é inteligência, e sua função natural é impor o procedimento correto e proibir a má ação." É bem capaz que os estudantes "veteranos" da UFMG, que cometeram o "trote", tenham se deparado com essa citação em algum momento de seu curso. Porém, a aplicabilidade da beleza dessa declaração foi substituída por um profundo contra-testemunho de seu aprendizado. Um bom estudante de DIREITO saberia que é CRIME colocar qualquer pessoa em situação de vexame ou degradação pessoal, assim está expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos, "artigo V - Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante."
Como confiar a sublime arte de defender e aplicar a lei, a indivíduos tão esvaziados de humanidade? A arte de advogar não pode ser entregue a esses "infelizes". Esses, deformam a essência do direito e zombam de sua aplicabilidade, são covardes que se travestem de estudantes e que desrespeitam um semelhante por simples prazer.
Estão zombando de nós! Sim, estão. Frequentam Universidades Públicas e atacam a imagem de nossas instituições ferindo a integridade de um semelhante, de um CIDADÃO. Fazem isso e saúdam o escárnio realizado, com sarcasmo e gestual NAZISTA. Colorem de NEGRO uma jovem e a "batizam" com o nome de uma escrava: "Chica da Silva". Ferem a integridade da jovem e destilam sentimentos racistas nesse ato.
Esses futuros advogados e juízes desmoralizam a profissão e fornecem o que o cantor Renato Russo cantou: "sempre mais do mesmo". A descrença na justiça é algo sempre recorrente nos bate papos cotidianos. Vivemos uma crise ÉTICA e isso fica mais claro a cada dia. O que esperar de um PAÍS onde estudantes de direito alicerçam seu aprendizado na desmoralização das leis e do ser humano?
Me respondam, devemos ser tolerantes aos desvios desses estudantes? Ou exigiremos punição aos atos e a reconstrução do RESPEITO perdido? Que saibamos enxergar no outro a dignidade que desejamos e preservamos em nós.
Nosso país não pode cair nas mãos de " futuros covardes vestidos com a toga". Que sejam todos punidos exemplarmente e basta de "trotes" em nossas Universidades!
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